Arquitetura comercial pode impulsionar o movimento das lojas
Por Studio Fabra
25 de março de 2025
Cores, iluminação e circulação são essenciais no momento de atrair a atenção dos consumidores e aumentar o faturamento da loja
O sucesso de um ponto varejista está diretamente relacionado com a arquitetura do ambiente. Fatores como cores, iluminação e circulação são essenciais no momento de atrair a atenção dos consumidores e aumentar o faturamento da loja. “O projeto arquitetônico está ligado à estratégia estabelecida e aos resultados buscados pelo estabelecimento comercial. No Brasil, é normal optar por soluções mais econômicas, deixando de explorar ao máximo o potencial do imóvel”, informa o arquiteto Flávio Radamarker, sócio-diretor da Arquitetar – Arquitetura de Varejo. Para atuar nesse segmento, é recomendável que o arquiteto tenha conhecimento multidisciplinar, conhecendo estratégias de marketing, por exemplo. “Em alguns países, existe o designer de varejo, com formação específica para atuar nessa área. Já, no Brasil, os arquitetos são os profissionais mais preparados para desenvolver esse trabalho”, avalia.
A formação multidisciplinar é importante, pois, em projetos de lojas, o marketing e a arquitetura devem caminhar lado a lado. “O ambiente deve ser planejado com características que despertam no consumidor a vontade de adquirir determinado produto”, afirma Radamarker, informando que o briefing inicial do projeto é montado a partir de um composto de marketing. “São analisados, principalmente, os 3P’s – Produto, Pessoa, Praça. Deve-se levar em consideração o ponto em que a loja será construída, os consumidores que serão o público-alvo e o tipo de mercadoria que será comercializada. Todos os fatores do projeto devem atender a esses itens do composto de marketing”, fala.
Entre essas características, as primeiras a serem analisadas geralmente são o público-alvo e o produto, mas isso não é uma regra. “Existem as lojas flagships, abertas em determinado local para marcar presença. Nesse caso, o fortalecimento da marca é mais importante do que o próprio resultado de vendas. Esse modelo é muito comum em ruas como a Oscar Freire, em São Paulo, ou a Quinta Avenida, em Nova York. O ponto é o primeiro aspecto a ser levado em consideração”, exemplifica. A estratégia da empresa é item que também influencia na arquitetura da loja. “Pode ser que seja necessário abrir franquias, com o objetivo de 50 novas lojas em um ano. Aqui, o projeto deve ser focado em questões de logística e velocidade de construção, com orçamento mais enxuto. Outra demanda podem ser lojas impactantes, então devem ser analisados outros aspectos”, ensina.